Homilia de D. Bernardo Bonowitz para a profissão simples de um irmão,
na solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria
Recentemente lemos em nosso refeitório o livro “Deus ou Nada”, do Cardeal Robert Sarah com o jornalista Nicolas Diat. Isso me levou à descoberta de outro livro de Nicolas Diat, recentemente publicado na França: “Tempo para Morrer”. Esta obra relata suas visitas a oito mosteiros masculinos contemplativos franceses, inclusive dois de nossa Ordem, com a intenção de aprender como o monge cristão enfrenta o mistério da morte. A sua esperança era que os monges têm algo muito importante a ensinar ao homem ocidental pós-moderno acerca da maneira verdadeira de encarar e aceitar a própria morte.
Um dos capítulos do livro é dedicado à sua estadia na abadia beneditina de En-Calcat, famosa pela fabricação de cítaras. Fala de suas conversas com o abade, Dom Davi, que faz a seguinte afirmação: “Os monges que se saem melhor são aqueles que reconhecem que todos nós somos um pouco “abimés”. “Abimé” se traduz em português por “danificado”: refere-se a uma folha amassada, um tecido com um pequeno rasgo, uma fruta machucada, um aparelho com um ponto quebrado. Sim, todos nós um pouco abimés.
Por que reconhecer isso é tão importante para o amadurecimento e perseverança na vocação monástica?
Primeiro, é o pressuposto para tornar possível uma verdadeira comunidade de irmãos. Enquanto dividimos a comunidade em “íntegros” e “danificados” (nós sempre do lado dos íntegros, é claro), nunca seremos uma comunidade cristã, onde todos são valorizados, bem-vindos em sua própria casa, reverenciados como iguais, genuinamente amados. Numa comunidade dividida entre os íntegros e os danificados, os danificados são na melhor das hipóteses “tolerados”, na pior das hipóteses, “ressentidos”, e na mais comum das hipóteses aceitos como cidadãos da segunda classe. Espero que nos demos conta de quão distante isso está da comunidade cristã primitiva de Jerusalém, a comunidade apresentada na Regra de São Bento como nosso modelo, a comunidade delineada nas Constituições de nossa Ordem. Espero que percebamos também que tal divisão representa uma tentação contra a qual toda comunidade precisa lutar.
Segundo, é o pressuposto para uma vida natural. Quem se sabe um danificado entre os danificados pode descontrair-se, pode permitir-se ser ele mesmo. Não precisa “fazer pose”, cultivar o andar e a expressão facial do “monge perfeito”, não precisa discorrer sobre assuntos espirituais como se fosse um oráculo. Pode ser “normal”; pode assumir a si mesmo. Isto não tem a ver, Deus nos livre, com ser relaxado, descuidado, medíocre. Ao contrário, tem a ver com abandonar o mito de nossa auto-perfeição, de nossa “extraordinariedade” – o que é um fardo muito pesado, embora muito lisonjeiro também. Mas se Santo Tomás tem razão quando diz que a graça se constrói sobre a natureza, temos que admitir esta nossa natureza, reconhecer que sou uma maçã como aquelas que constituem a maioria na cozinha de nosso mosteiro: saborosas, saudáveis, mas sempre com um machucado, um hematoma. Este é o caminho para a paz conosco mesmos.
Terceiro, é o pressuposto para o desenvolvimento de uma vida virtuosa. João Cassiano insiste que a humildade é a fundação imprescindível da torre das virtudes e que sem esta fundação, toda virtude é mais aparência do que realidade. Precisamos de uma humildade não apenas individual, mas também comunitária e eclesial. A aceitação profunda de nossa pobreza – não uma pobreza imaginada ou fabricada, mas a nossa autêntica pobreza – é indispensável para receber o influxo da graça que nos santifica. A humildade oferece a Deus a oportunidade para plantar em nós as sementes da compunção e da conversão.
Finalmente, este reconhecimento é o pressuposto para toda intimidade com Jesus e Maria. Todos os santos concordam que é a nossa necessidade, a nossa miséria, que atrai Jesus e Maria para nós e nos abre para eles. Gosto muito da Ave Maria em francês, que em lugar de dizer simplesmente “Rogai por nós pecadores”, se diz Priez por nous, pauvres pecheurs – “Rogai por nós, pobres pecadores”. Se pensamos nos amigos e amigas de Nossa Senhora nos últimos séculos – Bernadete de Lourdes, os pastorinhos de Fátima, Catarina Labouré – percebemos o quanto eles viviam compenetrados pela consciência da grandeza de Maria e da sua própria pequenez.
Nenhum de nós começa a aventura humana com um coração imaculado. Neste sentido, a Santíssima Virgem é absolutamente única. No início da nossa caminhada, a nossa vocação consiste em aceitar-nos como necessitados – e, depois, “misericordiados” (objetos da divina misericórdia), aceitos e abraçados por Deus. Mas aceitando-nos, Deus nos transforma. Ele tira as nossas manchas – ele nos “des-macula”. Se formos humildes e pobres para perseverar no processo, Deus realizará em nós uma restauração milagrosa. Este é um longo caminho. Peçamos a Maria a graça de trilhá-lo com simplicidade e gratidão. ⊕
D. Bernardo Bonowitz é abade do Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo.

Percorrendo o caminho…
Para São Bento, a humildade é a virtude central do monge. Sua Regra concebe a vida monástica como uma “escada da humildade” que conduz a Deus. O primeiro degrau consiste em aprender a viver na própria verdade. Percorrendo os degraus desta escada, aprenderemos que nossos defeitos e misérias não são um obstáculo para Deus – ao contrário, a aceitação humilde de nossas fraquezas abrirá o nosso coração para que o Divino Médico nos santifique e nos cure.
É o próprio Senhor que nos diz: “A ti basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que se revela a minha força” (2Cor 12, 9)
Por isso o Apóstolo conclui: “Quanto a mim, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. É na fraqueza que sou forte” (2 Cor 12, 9-10).
Peçamos, irmãos, o auxílio de São Paulo e São Bento para subirmos, juntos, os degraus desta escada santa.
Gosto da ideia de que devemos também nos educar para morrermos e aceitarmos nossa imperfeição e inacabamento, bem como compreender isso nos irmãos.
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Olá Roberto,
Verdade, muito importante nos educarmos para isso. Como você costuma trabalhar isso para compreender nossos irmãos, especialmente na parte de aceitar as imperfeições? Eu pessoalmente tenho bastante dificuldade com isso.
Grande abraço!
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Sabe, Gabriel, por um tempo vivi na Trapa com os monges e comecei no silêncio a perceber muitas coisas que me incomodavam, eram coisas que eu observava nos outro e comecei a sentir repugnância por elas, mas também, quase ao mesmo tempo – pois o mosteiro é um grande catalizador de percepções – percebi que essas mesmas coisas poderiam ser vistas de forma desassociada da própria pessoa; e isso me moveu à compaixão. Mas, aprofundando-me mais ainda no silêncio, desdobrando-me em orações e ouvindo com genuína abertura o que os monges anciãos diziam-me, descobri por mim mesmo que as deformidades que eu sentia muita repugnância na conduta de um irmão eram justamente as minhas próprias deformidades.
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Olá, irmãos
Muito bom, realmente muito bacana essa realidade de “reciclar nossos dejetos”.
Sobre a comunidade, como podemos desenvolver uma vida comunitária mais resoluta na paróquia ou grupo de oração? Muitas vezes é difícil aceitar as nossas próprias imperfeições e as imperfeições do próximo.
Obrigado. Grande abraço!
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Uma fraternidade cristã onde reina verdadeiramente o amor de Cristo é o maior testemunho de que Cristo ressuscitou e está vivo em Sua Igreja.
Contudo, essa comunidade de amor não acontecerá a não ser que seus membros estejam comprometidos a viver o itinerário “pascal”: despir-se do homem velho, para revestir-se do Homem Novo, re-criado segundo Deus.
Isso significa: autoconhecimento (viver na própria verdade), conversão pessoal, fidelidade à Aliança com Deus, selada no sangue de Cristo.
“Aceitar as nossas imperfeições e as do próximo”, perdoar, “amar até o fim” (João 13, 1) não são virtudes humanas: isso somente é possível para “homens novos”, despidos do homem velho e renascidos em Deus.
Ainda que vivida de modo mais integral dentro do contexto monacal, esta “vida batismal” é a vocação universal de todos os Cristãos.
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“Revestir-se do Homem Novo”! Muito bom, obrigado. Realmente, como nosso amigo Roberto mencionou acima, antes de partir para o julgamento do próximo, procurar enxergar a minhas próprias deformidades. Obrigado, Roberto!
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“Viver na própria verdade”, quão profundo nos leva a reflexão sobre essa própria verdade. Somente a partir da própria auto aceitação da condição humana q sou poderei ser como Cristo me planejou.
Como ajudou, meu advento muda o sentido agora.
Muito obrigado.
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Olá,
Ótima homilia!
Como viver essa espiritualidade mais concretamente na vida secular, buscando evitar o respeito humano e crescer no temor de Deus?
Muito obrigado!
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No contexto Cristão, “vida espiritual” significa: vida no Espírito Santo.
Para viver no Espírito, é preciso antes “nascer do Espírito”, como Jesus disse a Nicodemos: “Quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus” (João 3, 3). Jesus fala aqui da dimensão mistagógica, espiritual, do Santo Batismo. Precisamos, pois redescobrir o nosso Batismo, para viver EXISTENCIALMENTE esse novo nascimento no Espírito, e pouco a pouco inserir em nossa vida cotidiana as práticas da fé: a oração cotidiana (pela qual nos alimentamos diariamente de Deus), a vida sacramental (especialmente a Eucaristia e a Reconciliação), o perdão, a leitura espiritual, as obras de misericórdia.
Em sua homilia, D. Bernardo fala sobre a necessidade, na vida monástica, de entrarmos em contato com nossos defeitos, nossas feridas – e apresenta 3 motivos para essa necessidade.
Será que esses 3 princípios valem também, com as devidas adaptações, para a vida cristã “no mundo”?
Faço-lhes uma proposta: que tal uma releitura de cada um desses 3 princípios à luz das necessidades da vida cristã secular?
Partilhem aqui suas conclusões!
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Que desafio, heim, Ir. Guilherme?
O que chamou de 3 princípios ou 3 motivos poderiam ser compreendidos por três pistas que podem nos reconduzir à vocação comum dos batizados: a santidade, sejamos nós religiosos ou seculares. O convite é o mesmo:
1º humildade para reconhecer que igreja é comunidade e viver em comunidade implica em nunca permanecer na zona de conforto, deixar-se mobilizar pelo amor de Deus, entregando-se a ele como citou Myrian de Jesus nesse blog: Vede como eles se amam… por isso a importância de ser secular, mas engajado como leigo em sua comunidade eclesial.
2º Viver na verdade de si mesmo, aceitando a própria natureza conduzindo a vida de forma natural, buscando encontrar a verdade dentro de si.
3º Perceber as diversas oportunidades que o próprio mundo nos apresenta para avançarmos e alcançarmos o Senhor, renunciando os caminhos largos e enxergando aue a vida se esconde atrás da imperfeição, procurando vencer toda miséria e infortúnios.
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Irmão,
Refletir sobre esses 3 pontos fundamentais para a condição humana na vida cristã secular, foi -me tão virtuosa, apesar de tantas vezes ter nos sido dito que é preciso morrer e nascer de novo não observamos a grandeza dessa atitude. Quando mudo tudo ao meu arredor muda, velho ditado, que tão bem cabe nessa reflexão. Assumir o posto de danificado mas não tirar os olhos de buscar ser íntegro, mas agora aos olhos de Deus nos leva a uma mudança de vida. Ser quem realmente sou para me transformar em quem Deus quer que eu seja. A humildade que trata no 3⁰. Ponto nos leva a aceitação da pobreza humana como ação Divina. Se não for assim, Sempre haverá divisão seja na comunidade no trabalho na família. A humildade sempre venceu sobre a soberba.
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Excelente reflexão, fruto de oração e da ação do Espírito Santo.
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A ideia de Dom Bernardo de indicar a Comunidade Cristã Primitiva de Jerusalém como parâmetro é muito especial, porque ela foi vista como modelo de amor: “Vede como eles se amam.” Tudo mundo deseja ser amado, ser valorizado, não importando seus defeitos e limitações.
Muito obrigado pela publicação da homilia de Dom Bernardo, que é muito didática (ensina como se viver) e reconfortante também.
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A ideia de apresentar as primeiras comunidades cristãs como o grande modelo da vida monástica é linda – mas certamente não é uma ideia original de D. Bernardo. O monaquismo sempre viu nessa Igreja Primeira seu grande modelo, o exemplo a seguir.
Por isso, até a Idade Média o termo “vida apostólica” se aplicava à VIDA MONÁSTICA. Pois esta era entendida como “viver segundo os apóstolos”, isto é: na intimidade com o Senhor Ressuscitado, sendo “um só coração e uma só alma”, tendo todas as coisas em comum, e principalmente amando-se uns aos outros com o amor que recebem diariamente de Cristo na Eucaristia.
(Ver: Atos dos Apóstolos 2, 42-47 ; 4, 32-35)
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Obrigado, Irmão!
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“Vede como eles se amam !”
Eles se amam porque puderam, sentir antes, o amor de Deus por eles, apesar de suas limitações. Só Deus é Santo, e compreendendo isto, sentimos que o amor que damos aos outros, é um amor recebido, é o transbordamento do amor que Deus derrama sobre nós. Quem se sente amado, só poide dar amor !
Obrigada, Guilherme Cardin Santa Rosa, pelas suas palavras. Elas, também são reconfortantes. Deus abençôe você !
Myriam de Jesus
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Amém, Myriam de Jesus.
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Só temos que louvar a Deus por nos amar tanto e continuar acreditando que podemos nos tornar belas pedras! E quanta profundidade na reflexão de Dom Bernardo, um verdadeiro dom para a Igreja.
É preciso muita coragem para se assumir fraco num mundo que a cada dia superexalta os super-heróis “fabricados”, em série, para lidar apenas com o sucesso. Rogamos a Deus, por meio de Maria Santíssima, que nos ajude a assumir nossas fraquezas e fundamentar nossa vida na busca pela Verdade e na prática das virtudes.
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Hei de confiar em Ti
51º aniversário da Páscoa de Thomas Merton
Senhor, meu Deus, não sei para onde vou. Não vejo o caminho diante de mim. Não posso saber com certeza onde terminará. Nem sequer, em realidade, me conheço, e o fato de pensar que estou seguindo a Tua vontade não significa que, em verdade, o esteja fazendo.
Mas creio que o desejo de Te agradar Te agrada realmente. E espero ter esse desejo em tudo que faço. Espero que jamais farei algo de contrário a esse desejo. E sei que, se assim fizer, Tu me hás de conduzir pelo caminho certo, embora eu nada saiba a esse respeito.
Portanto, sempre hei de confiar em Ti, ainda que me pareça estar perdido e nas sombras da morte. Não hei de temer, pois estás sempre comigo e nunca me abandonarás, para que eu enfrente sozinho os perigos que me cercam.
Thomas Merton
† Bangkok, Tailândia, 10.12.1968
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Belo comentário da homilía de Dom Bernardo, Paulo Roni da Silva. Deus abençôe você !
Myriam de Jesus
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Irmãos, vejam como são as “coincidências de Deus”: a oração da missa de hoje (4a-feira da Semana II do Advento) fala exatamente de confiarmos nossas fraquezas ao Divino Médico:
“Deus Todo-Poderoso, que nos mandais preparar o caminho do Cristo Senhor, fazei que, CONFORTADOS PELA PRESENÇA DO DIVINO MÉDICO, nenhuma fraqueza possa abater-nos”.
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Deus não procurou fazer a sua própria vontade ao se fazer homem e sofrer por amor a nós. Por isso, cada um deve suportar as fraquezas do seu próximo procurando ser agradável a ele pela caridade. É assim que se manifesta o amor divino, que perdoa as faltas humanas e nos sustenta. Sem tal amor não podemos permanecer de pé. “Deus leva em conta nossas fraquezas e conhece perfeitamente a fragilidade da nossa natureza” (Tereza do Menino Jesus)
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Sim, nesse aspecto a “pequena via” de Santa Teresinha está em perfeita sintonia com a espiritualidade cisterciense/trapista: a santidade nas pequenas coisas, na vida escondida, em meio à nossa miséria do cotidiano. O grande contemplativo São Rafael Arnaíz Barón (1911 – 1938) escreveu:
“Contenta-te em caminhar pelo humilde sendeiro que Deus te aponta, e sirvam-te as tuas próprias fraquezas para aprender a amar a Deus, que te ama tal como és: fraco, débil, e com as pálpebras fechadas de sono”
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Sim, Edson Ferreira, belo exemplo nos oferece ao citar Teresa do Menino Jesus, que diz, também : “Esquecendo-me de mim mesma para dar-me aos outros, então eu fui feliz ” E o dar-se aos outros, não é outra coisa senão compreendê-los, suportá-los, por amor a Deus, que nos aceita como somos, enfim amá-los verdadeiramente. E para isto, só esquecendo-nos de nós mesmos, de nosso “eu” danificado, imperfeito para criar espaço à misericórdia do Senhor. Que Deus e a Virgem Santíssima, humílima, nos ajudem nessa caminhada, de pobreza, sim, mas esperançosa, cheia de confiança no seu amor por nós !
Myriam de Jesus
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Que presente para este caríssimo irmão, minhas simples felicitações por estes votos!
Salve Maria Imaculada!
Que riqueza… e Dom Bernardo, que inspiração! Este livro de Cardeal Robert: Deus ou nada, isto já é um desafio. Em um mundo com tantos ídolos, permanecer fiel a Deus é um combate, tantas coisas nos são oferecidas… não temos tempo para pensar na morte. O ser humano parece ter um desejo de imortalidade, e às vezes se esquece de que o outro também tenha.
Os mortos tem muito a nos falar com o seu silêncio credito eu.
“se eu não estiver preparado para morrer, temo morrer mal”, como disse Santa Tesesa “Nunc coepi” (E onde estará minha fortaleza?
Salve Maria!
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Sou sim um ser imperfeito,com reações que agridem ao meu adorado Senhor,mas como sei que Ele é a misericórdia infinita,deixo- me ser carregada como a ovelhinha perdida,que ao voltar ao redil,vem no colo do Bom Pastor.
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“Contenta-te em caminhar pelo humilde sendeiro que Deus te aponta, e sirvam-te as tuas próprias fraquezas para aprender a amar a Deus, que te ama tal como és: fraco, débil, e com as pálpebras fechadas de sono”
Vemos a grandeza que podemos extrair da nossa própria miséria. Ao depararmos em reconhecer nossa limitação é o início da jornada para um encontro mais íntimo com o amor de Deus. No primeiro momento nos assusta pois são coisas opostas, reconhecer-se fraco miserável para descobrir a força. Quanto mistério nos desvenda amar a Deus sobre TODAS as coisas.
Muito obrigado pela partilha desse tão valioso comentário de D. Bernardo.
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