“Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa” (Lc 11, 23 ; Evangelho da Quinta-feira da Semana III da Quaresma).
Viver é escolher: escolher um caminho, ou outro. Não é possível “não escolher”, pois não escolher é rejeitar o caminho que deve ser escolhido.
Aparentemente, existe diante de nós uma multiplicidade de caminhos. Mas segundo Jesus no evangelho de hoje, para além das aparências há apenas dois: o caminho de Deus, ou o caminho que não é de Deus.
A escolha por Deus precisa ser renovada muitas vezes ao longo do dia, pois a vida é uma aventura dinâmica. Nossa liberdade está sempre diante de uma decisão: ou por um caminho, ou por outro. Para São Bento, a vida monástica é um contínuo quaerere Deum: buscar discernir o caminho de Deus no momento presente.
Na primeira leitura da missa de hoje (Jr 7, 23-28), o Senhor se dirige ao seu povo Israel, que abandonou Deus. Rejeitando a Deus e sua Aliança, Israel escolheu sua própria ruína. “Esta é a nação que não escutou a voz do Senhor, e não aceitou o ensinamento. Sua fé morreu, foi arrancada de sua boca”.
Reconheçamos que há uma triste semelhança entre o povo de Israel de então e a nossa sociedade de hoje, que parece ter escolhido o mesmo caminho: o caminho da rejeição de Deus e de sua santa Aliança. Esta escolha, contudo, a está conduzindo à ruína.
Façamos nossa parte, portanto: voltemo-nos para Deus, renovemos nosso “sim” a Ele. Para tanto é essencial colocar-se diante de Deus em cada momento de decisão, diante de cada atividade, invocando o dom do Conselho do Espírito Santo, para que sigamos Cristo fielmente no longo e exigente caminho da salvação. Sejamos contados entre aqueles que recolhem com Cristo, e não entre os que dispersam.
OBRIGADA, por este texto ❤
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